12.28.2011

VOCÊ CUMPRE AS PROMESSAS FEITAS NO ANO NOVO?

Na virada do ano é comum as pessoas fazerem projeções para o ano que inicia. É o momento das promessas. Algumas delas regadas a superstições e que, segundo a receita, devem ser feitas rigorosamente a meia noite senão correm o risco de não darem certo. No entanto, com ou sem superstição, todos tem o desejo de renovação e ninguém fica indiferente a isto. Até mesmo aqueles que preferem dormir antes da meia noite porque acham tudo isto uma bobagem é, também, uma maneira de reagir, mesmo sendo contrária.
Para a maioria das pessoas o Ano Novo significa a possibilidade de começar algo diferente. Desta forma surgem propostas para emagrecer, parar de fumar, trabalhar mais, trabalhar menos, malhar, conhecer lugares diferentes, iniciar um curso, um novo relacionamento, etc.
Os rituais de passagem são universais. É uma transição individual ou coletiva, e que pode se apresentar em diversos formatos como os religiosos, biológicos, culturais, sociais. Cada ciclo que termina o ser humano sente a necessidade de fazer um balanço e os rituais tem esta força simbólica para fechar ou abrir os ciclos . Desta maneira o Ano Novo representa um marco que traz a possibilidade de mudança, de recomeço. O perigo ao fazer promessas em meio aos brindes é que muitas são calcadas em discursos pré-fabricados e, assim, condenadas a falhar.
Na prática, muitas mudanças podem ser realizadas sem que haja a necessidade de uma cerimônia especial. A decisão em começar algo, na maioria das vezes, não está atrelada ao início de um ano. Muitas ações podem ser iniciadas a qualquer momento, desde que seja significativo para a pessoa.

Seja qual for a data escolhida, é preciso organizar as ideias e colocá-las de um modo acessível para si, otimizando os próprios recursos e potencialidades. Por isso é importante que as pessoas tenham expectativas construídas sobre metas realistas e tangíveis. Uma sugestão para se organizar é dividir tais metas em etapas que, ao concluir uma a uma, aumenta a motivação e, consequentemente, as chances de sucesso.
O final do ano é um período de balanço interno e que desencadeia angústia naquelas pessoas que, ao invés de buscarem equilíbrio entre perdas e ganhos, potencializam apenas aquilo que não foi concretizado, gerando sofrimento e descrença em si mesmo. Para que ao término do próximo ano não haja frustrações, decorrentes de promessas que se diluíram minutos depois da meia noite, é preciso que o indivíduo faça uma autoanálise e busque compreender as suas formas de enfrentamento e os pontos obscuros em si que representam um entrave ao bom uso do próprio potencial.
Mudar não é fácil uma vez que a mudança nos convida a trilhar um caminho desconhecido onde teremos que superar nossas limitações. Porém é isso que nos possibilita o novo, a descoberta e o crescimento individual.