1.13.2010

CACHORROS: FUNÇÃO TERAPÊUTICA


Recentemente, um dos filmes de grande bilheteria do cinema foi Marley e Eu. Baseado num best-seller homônimo, conta a relação de um casal com seu cachorro labrador, levando a platéia do riso às lagrimas.
Não é de hoje que filmes com cachorros exercem fascínio no público. O mercado publicitário inclusive adota estes bichinhos, como maneira de chamar atenção do consumidor.
Os animais de estimação, mais especificamente os cães, têm ocupado cada vez mais um lugar humanizado na família. É possível encontrar na literatura pesquisas que relatam os benefícios fisiológicos e psicológicos, fruto da relação com estes animais.
Os relatos de experiências positivas incluem ainda os de pacientes (hospitalizados ou não) que apresentaram significativa melhora quando tem contato com cachorros.
Para as crianças o benefício desta relação é maior, uma vez que tal convivência cumpre várias funções como o respeito pela vida, o desenvolvimento e troca de afeto, diminuição de ansiedades.
Aprendem ainda a tolerar frustrações, respeitando as diferenças individuais, uma vez que o cachorro não é um brinquedo. A criança passa a compreender que suas ações geram reações, percebendo assim os limites.
Os cuidados com o cão também é uma aprendizagem fundamental e que deve ser estimulada pelos pais, propiciando lições de responsabilidade e autonomia à criança.
A relação emocional é tão forte que a reação à perda de um animal de estimação pode ser comparada a perda de uma pessoa amada, o que também auxilia a criança na compreensão do conceito de morte.
Enganam-se quem considera este intenso sentimento pelos cães característica de pessoas desajustadas socialmente. Pesquisas revelam que pessoas com forte afeição pelos animais mantêm também sentimentos positivos para com os seres humanos.
Os cães suprem alguma carência não só para a criança como para o adulto quando este se sente solitário. Em um ambiente familiar a expressão de afetividade do cachorro incita a harmonia entre os membros, principalmente àqueles que manifestam comportamento dócil.
O convívio com cães promove conforto emocional, tanto para o homem como para o animal, numa relação que comprova uma antiga assertiva de que “o cão é o melhor amigo do homem”.

1.02.2010

Já não fazem mais velhos como antigamente


Crescemos ouvindo, e acreditando, que a fase da vida que designamos por “terceira idade” ou velhice costuma estar associada à decadência física, ao abandono, à dor pela perda do cônjuge, de amigos, parentes, etc.
Esta imagem negativa tem sido gradativamente substituída por ações públicas e pessoais, no sentido de valorizar esta etapa da vida, demonstrando que apesar das mudanças mentais, físicas e sociais inerentes a esta fase, é possível ter boa qualidade de vida.
Daqui a 20 anos aproximadamente, se forem confirmadas as estimativas do Instituto Brasileiro de Geografia e Estimativa (IBGE), seremos o sexto país em maior número de idosos do planeta. Isso é resultado de alguns fatores tais como os avanços da medicina, a queda da taxa de fecundidade, melhorias nas condições gerais da população que contribuíram para elevar a expectativa de vida dos brasileiros.
As interpretações dadas a cada faixa etária é influenciada pelo contexto sócio-cultural que o indivíduo está inserido, que pode valorizá-lo ou estigmatizá-lo. O preconceito com o idoso ainda existe, o que aponta a necessidade da construção de um novo lugar social e um novo olhar para a velhice.
No entanto é o próprio idoso que tem suplantado a condenação daquilo que foi estabelecido anteriormente de que o avanço da idade determina o fim de tudo. Assim, o que observamos atualmente é uma mudança, cada vez maior e melhor, de comportamento e atitude das pessoas da terceira idade.
Hoje eles querem viajar mais, namorar, praticar esportes, se divertir. E mesmo que este perfil não contemple a todos, o denominador comum é que eles não associam mais esta fase como um término e sim a possibilidade de realizar outros projetos que até então não eram possíveis em função da correria do trabalho ou criação dos filhos. Alguns buscam formas de se manterem ativos através de projetos profissionais ou de estudos, indo na contramão dos estereótipos sociais.
O mercado publicitário inclusive tem visto no idoso um consumidor em potencial. As agências de turismos, por exemplo, tem pacotes destinados a esta faixa etária.
Envelhecer é um processo pessoal, natural e inevitável, para qualquer ser humano e requer cuidados biológicos e psíquicos também.
É importante ressaltar que o termo velho pode ser aplicado em etapas anteriores da vida de qualquer pessoa que não busca construir algo ou realizar desejos pessoais em função do medo, da rigidez de pensamento, do comodismo.
Portanto o sistema de crenças do indivíduo contribui significativamente na forma dele ver mundo e que definem o sentido e o valor da velhice.
É preciso então permitir-se a explorar suas possibilidades, desenhando novas perspectivas para esta fase já que as (re) descobertas acontecem em qualquer momento da vida do ser humano.