4.28.2011

CRIANÇA TAMBÉM TEM DEPRESSÃO

Quando pensamos em crianças associamos à imagem de alegria, correria, brincadeiras. Desta forma, falar em depressão infantil causa estranheza para a maioria das pessoas. Criança pode ter depressão? Sim, pode.
A manifestação da depressão na criança é diferente da maneira que ocorre no adulto. Nem sempre os sintomas na criança são claros e muitas vezes a família confunde alguns dos comportamentos com birra.
A depressão infantil pode se apresentar de várias maneiras. Inicialmente as queixas físicas como dor de barriga, dor de cabeça, etc. estão mais presentes. Depois as queixas psicológicas tornam-se mais evidentes e a criança pode apresentar-se agitada ou apática isolando-se das pessoas na sua casa ou na escola. Ela também costuma abandonar os brinquedos favoritos, têm dificuldades de concentração, desinteresse pelas atividades rotineiras, sentimento de inferioridade, queda do rendimento escolar, irritabilidade e condutas destrutivas. A recusa em ir à escola é uma característica frequente já que a escola está para a criança assim como o trabalho está para o adulto.
Fatores estressantes como perda de um ente querido, separação dos pais, mudança de escola ou de cidade, conflitos familiares, doenças ou internações prolongadas, são uma das causas que podem desencadear a depressão. No entanto estudos indicam que filhos de pais com depressão têm mais chances de apresentar a doença. Isso tudo vai depender da constituição psíquica de cada um já que o ser humano responde de modo diferenciado ao ambiente que o cerca.
Os pais devem estar atentos às mudanças de comportamento da criança. Porém é imprescindível uma avaliação cuidadosa, por especialistas, para um diagnóstico diferencial da depressão já que ela pode estar associada a outras patologias.
O tratamento medicamentoso não é utilizado em todos os quadros. O apoio da família e o acompanhamento psicológico mostram-se eficientes e necessários uma vez que a depressão, se não tratada adequadamente, pode trazer no futuro prejuízos nos aspectos afetivos e sociais para o indivíduo.

4.14.2011

COMO VAI A SUA AUTOESTIMA?

Muito se fala sobre autoestima e a importância dela em todos os setores da vida da pessoa: no afetivo, no social, no familiar e no profissional.
O mercado editorial descobriu neste tema um filão e ganha muito dinheiro com publicações do gênero “ensinando” a ter uma boa autoestima em poucas lições. Dito desta forma parece fácil, como se a autoestima fosse um produto que bastasse seguir as instruções do rótulo para ser feliz.
Autoestima é muito mais do que se achar bonito ou legal. É um termo muito popular que no senso comum significaria a noção de valor, positiva ou negativa, que o indivíduo tem de si, envolvendo crenças, percepções, emoções que ele adquiriu ao longo da vida. Contudo, a construção da autoestima é mais complexa do que imaginamos.
Sua origem é na infância, nas relações estabelecidas com os pais.
Assim, para que o indivíduo desenvolva uma boa autoestima, é necessário desde cedo que os pais valorizem as conquistas que a criança tem para que ela se sinta amada pelo que é, o que não equivale deixar de impor limites aos seus comportamentos negativos. No entanto a criança que cresce só ouvindo criticas acreditará, ao longo da vida, que nunca agrada o suficiente e que terá sempre que fazer algo especial, algo a mais, para que o outro a ame.
É importante sinalizar que há comportamentos no indivíduo que devem ser modificados, se isto é o desejo dele, e outros que não são necessários porque é da característica do indivíduo, do seu jeito de ser. Porém, para chegar a esta conclusão, é preciso autoconhecimento.
Em uma sociedade que dita padrões de sucesso para a carreira, para o corpo perfeito, para os relacionamentos afetivos, a comparação com o outro é sempre maléfica. Não há padrões. O ser humano é único e são as diferenças entre as pessoas que possibilitam as trocas e o crescimento do ser humano.
É comum as pessoas prestarem atenção na maneira como os outros a tratam, mas não observam como se tratam, como proporcionam atenção e carinho a si mesmos. Não se deve responsabilizar o outro pela sua felicidade, tampouco pelos seus fracassos.
Uma autoestima considerada saudável inclui o reconhecimento das próprias emoções, perceber quais são seus pontos fortes e fracos, para atingir o equilíbrio. Isso significa maturidade e assertividade.
A conquista de uma boa autoestima não se resume a repetição de frases positivas, na maioria das vezes mecanicamente. É preciso mais que isso. É preciso autoconfiança e o ponto de partida é um mergulho dentro de si.
Autoestima é amor próprio e isto começa na auto aceitação.