4.14.2011

COMO VAI A SUA AUTOESTIMA?

Muito se fala sobre autoestima e a importância dela em todos os setores da vida da pessoa: no afetivo, no social, no familiar e no profissional.
O mercado editorial descobriu neste tema um filão e ganha muito dinheiro com publicações do gênero “ensinando” a ter uma boa autoestima em poucas lições. Dito desta forma parece fácil, como se a autoestima fosse um produto que bastasse seguir as instruções do rótulo para ser feliz.
Autoestima é muito mais do que se achar bonito ou legal. É um termo muito popular que no senso comum significaria a noção de valor, positiva ou negativa, que o indivíduo tem de si, envolvendo crenças, percepções, emoções que ele adquiriu ao longo da vida. Contudo, a construção da autoestima é mais complexa do que imaginamos.
Sua origem é na infância, nas relações estabelecidas com os pais.
Assim, para que o indivíduo desenvolva uma boa autoestima, é necessário desde cedo que os pais valorizem as conquistas que a criança tem para que ela se sinta amada pelo que é, o que não equivale deixar de impor limites aos seus comportamentos negativos. No entanto a criança que cresce só ouvindo criticas acreditará, ao longo da vida, que nunca agrada o suficiente e que terá sempre que fazer algo especial, algo a mais, para que o outro a ame.
É importante sinalizar que há comportamentos no indivíduo que devem ser modificados, se isto é o desejo dele, e outros que não são necessários porque é da característica do indivíduo, do seu jeito de ser. Porém, para chegar a esta conclusão, é preciso autoconhecimento.
Em uma sociedade que dita padrões de sucesso para a carreira, para o corpo perfeito, para os relacionamentos afetivos, a comparação com o outro é sempre maléfica. Não há padrões. O ser humano é único e são as diferenças entre as pessoas que possibilitam as trocas e o crescimento do ser humano.
É comum as pessoas prestarem atenção na maneira como os outros a tratam, mas não observam como se tratam, como proporcionam atenção e carinho a si mesmos. Não se deve responsabilizar o outro pela sua felicidade, tampouco pelos seus fracassos.
Uma autoestima considerada saudável inclui o reconhecimento das próprias emoções, perceber quais são seus pontos fortes e fracos, para atingir o equilíbrio. Isso significa maturidade e assertividade.
A conquista de uma boa autoestima não se resume a repetição de frases positivas, na maioria das vezes mecanicamente. É preciso mais que isso. É preciso autoconfiança e o ponto de partida é um mergulho dentro de si.
Autoestima é amor próprio e isto começa na auto aceitação.