11.15.2011

QUE RAIVA!!


Inúmeras são as situações que provocam raiva no indivíduo. Suas manifestações vão desde a agressão de quem rouba ou mata, até a violência no trânsito. Isto sem citar as formas menos visíveis de violência como as psicológicas, onde a agressão verbal, mesmo que seja de maneira sutil, fere a autoestima do indivíduo. Exemplos como o descaso do poder público em algumas situações, a pressão para atingir objetivos ou concluir tarefas diárias e a dificuldade de satisfazer necessidades pessoais pode levar o indivíduo a perder o controle. É uma forma de protesto.
A raiva é um estado de humor, uma dificuldade em lidar com o acúmulo de estresse diário ou com situações de perdas. É uma resposta natural, adaptativa a situações em que o indivíduo está diante de um grande perigo ou algo indesejado. A reação é uma defesa a esta ameaça.
Quando o sujeito não expressa aquilo que o zangou, ele guarda esta raiva que, quando liberada, desencadeia explosões de agressividade com consequências, na maioria das vezes, desastrosas. E este sentimento reprimido, pode transformar-se em doenças psicossomáticas, ou causar ansiedade, insônia, depressão.
No entanto, mesmo sendo a raiva uma emoção necessária, não justifica a atitude arrebatadora e infantil por parte de quem se sente injustiçado. Explosões frequentes são prejudiciais tanto para o individuo como para suas relações pessoais, já que ele passa a ser conhecido como ‘pavio curto’ e, desta forma, acaba sendo isolado pelos amigos.
Desde que nasce a criança convive com situações frustradoras. À medida que ela se desenvolve vai percebendo que o mundo nem sempre realiza todos os seus desejos e que muitas vezes tem que esperar para satisfazê-los.
Conviver com a frustração é muito importante para a socialização do indivíduo. A criança que cresce com o sentimento de que seu desejo é lei, não importando o que isso custe aos outros, não aprenderá o respeito pelas diferenças e terá acessos de raiva em qualquer situação que a desaponte, repetindo este comportamento quando for adulta.
É importante destacar que, ao contrário do que se divulga, a raiva pode ser uma emoção saudável. Quando a pessoa reflete sobre seu comportamento e busca desenvolver-se com equilíbrio, a raiva pode gerar uma energia criativa. A psicoterapia oferece caminhos para reagir de forma adequada.
Ser determinado ou assertivo não requer condutas destrutivas. O equilíbrio está em identificar precocemente o que desencadeou aquela emoção, usando-a para descobrir mais sobre si. Aprender a expressar a raiva é resultado de amadurecimento emocional e mental.