"Conheças todas as teorias, domine todas as técnicas, mas ao tocar uma alma humana, seja apenas outra alma humana". Carl Gustav Jung
11.15.2011
QUE RAIVA!!
Inúmeras são as situações que provocam raiva no indivíduo. Suas manifestações vão desde a agressão de quem rouba ou mata, até a violência no trânsito. Isto sem citar as formas menos visíveis de violência como as psicológicas, onde a agressão verbal, mesmo que seja de maneira sutil, fere a autoestima do indivíduo. Exemplos como o descaso do poder público em algumas situações, a pressão para atingir objetivos ou concluir tarefas diárias e a dificuldade de satisfazer necessidades pessoais pode levar o indivíduo a perder o controle. É uma forma de protesto.
A raiva é um estado de humor, uma dificuldade em lidar com o acúmulo de estresse diário ou com situações de perdas. É uma resposta natural, adaptativa a situações em que o indivíduo está diante de um grande perigo ou algo indesejado. A reação é uma defesa a esta ameaça.
Quando o sujeito não expressa aquilo que o zangou, ele guarda esta raiva que, quando liberada, desencadeia explosões de agressividade com consequências, na maioria das vezes, desastrosas. E este sentimento reprimido, pode transformar-se em doenças psicossomáticas, ou causar ansiedade, insônia, depressão.
No entanto, mesmo sendo a raiva uma emoção necessária, não justifica a atitude arrebatadora e infantil por parte de quem se sente injustiçado. Explosões frequentes são prejudiciais tanto para o individuo como para suas relações pessoais, já que ele passa a ser conhecido como ‘pavio curto’ e, desta forma, acaba sendo isolado pelos amigos.
Desde que nasce a criança convive com situações frustradoras. À medida que ela se desenvolve vai percebendo que o mundo nem sempre realiza todos os seus desejos e que muitas vezes tem que esperar para satisfazê-los.
Conviver com a frustração é muito importante para a socialização do indivíduo. A criança que cresce com o sentimento de que seu desejo é lei, não importando o que isso custe aos outros, não aprenderá o respeito pelas diferenças e terá acessos de raiva em qualquer situação que a desaponte, repetindo este comportamento quando for adulta.
É importante destacar que, ao contrário do que se divulga, a raiva pode ser uma emoção saudável. Quando a pessoa reflete sobre seu comportamento e busca desenvolver-se com equilíbrio, a raiva pode gerar uma energia criativa. A psicoterapia oferece caminhos para reagir de forma adequada.
Ser determinado ou assertivo não requer condutas destrutivas. O equilíbrio está em identificar precocemente o que desencadeou aquela emoção, usando-a para descobrir mais sobre si. Aprender a expressar a raiva é resultado de amadurecimento emocional e mental.