Estamos no mês de dezembro e uma “euforia” toma conta da maioria das pessoas nesta época do ano levando-as a gastar, geralmente mais do que se ganha, com a justificativa de que é natal. Mesmo que o excesso de compras seja para camuflar a tristeza que muitos sentem neste período, o indivíduo cria a ilusão de que o comprar é a solução para o vazio interior.
Crédito fácil, 13°, tipo de personalidade, o grupo social que o indivíduo pertence, pais com sentimento de culpa por sua ausência o ano todo com os filhos, além de tantos estímulos através das propagandas e vitrines coloridas, que fica difícil conter o impulso de gastar.
Assim, somado aos desejos inconscientes de cada um, muitos indivíduos diante de uma compra são tomados pelo imediatismo utilizando-se de justificativas como “eu mereço” ou “é natal”. Tais argumentos, na maioria das vezes, causam consequências negativas após a ressaca das festas, uma vez que janeiro é mês de compromissos como IPVA, matrícula de escola, compra de material, etc.
Mas será que é preciso comprar tanto?
Não há mal algum em comprar, porém é preciso cuidado para discernir o que é uma fuga para reduzir uma tensão o mais rápido possível, ou se realmente é preciso adquirir determinado produto. Quando alguém, por exemplo, compra continuamente, sem uma avaliação realística, torna-se patológico, ou seja, um compulsivo. A compulsão por compras é um Transtorno psiquiátrico e caracteriza-se por atos repetitivos e um desejo incontrolável de comprar.
Emoção e razão estão presentes em todas nossas decisões, porém deve haver um equilíbrio entre elas. Na hora de comprar, o planejamento é importante, examinando todas as alternativas, favoráveis ou não, descobrindo o que é melhor para si.
A necessidade de gastar em demasia, com a desculpa que é natal, pode representar uma necessidade de superar um sentimento de frustração e que na maioria das vezes é a incapacidade do individuo de conhecer a si próprio e dar significado às suas emoções.
Diante da dificuldade de lidar com uma época que gera angústia e fragilidade, o ato de comprar é uma válvula de escape para lidar com tais aspectos.
Sendo o consumo mais emocional que racional, é importante uma avaliação da real necessidade daquilo que se quer comprar, já que não é a aquisição de um novo objeto que anula a depressão ou a angústia, comuns nesta época do ano.
"Conheças todas as teorias, domine todas as técnicas, mas ao tocar uma alma humana, seja apenas outra alma humana". Carl Gustav Jung
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12.16.2010
12.17.2009
CONSUMO, LOGO EXISTO
Final de ano, natal e festas. Um convite a reflexão para alguns, depressão para outros e consumo para a maioria. Muito consumo.
Com tantos estímulos através das propagandas e vitrines coloridas, já que é uma época onde há a troca de presentes, fica difícil conter o impulso de gastar. Soma-se a isso o tipo de personalidade, a percepção, o grupo social e a motivação de cada um. Fatores que influenciam na decisão e na dose da compra.
Mas será que é preciso comprar tanto?
A condição de vida do ser humano, atualmente imposta pelo ritmo urbano, leva o homem a uma busca distorcida do prazer e que não raro se transforma em compulsão, num consumo desenfreado. Tal consumo é incentivado por todas as formas de marketing, baseadas nas carências produzidas pela vida urbana.
Mas a mídia não é a vilã. Ela apenas detecta uma necessidade, uma predisposição da sociedade, afinal nem todos os indivíduos cedem a estes apelos e compram por impulso.
O comprador impulsivo é aquele que adquire o produto pela embalagem, oportunidade ou preço. É uma atração instantânea que não o leva a refletir naquele momento se precisa ou não do produto.
Não há mal algum em comprar, porém quando alguém compra continuamente, sem necessidade, torna-se patológico. Um compulsivo.
A compulsão por compras é um Transtorno psiquiátrico. Caracteriza-se por atos repetitivos e um desejo incontrolável de comprar, causando prejuízo pessoal e familiar uma vez que o indivíduo gasta mais do que pode.
O comprador compulsivo tem uma dependência psicológica. Sai pra gastar, em qualquer época do ano, não pela necessidade daquele objeto e sim pelo fato apenas de comprar. Adquire itens desnecessários com o objetivo de aliviar uma tensão mental, um desejo frustrado. No entanto este alívio é temporário uma vez que depois vem o sentimento de culpa e o remorso pela falta de controle, desencadeando mais tensão, tornando-se um ciclo vicioso.
Vivemos em uma sociedade capitalista que enaltece o ter em detrimento do ser, avaliando as pessoas por aquilo que elas possuem e não por aquilo que elas são. Há uma inversão de valores e que torna o comprar uma necessidade pessoal cuja finalidade pode ser a manutenção do status, adquirir poder ou suprir alguma carência afetiva.
Por isso é preciso refletir sobre os valores pessoais, as relações sociais e familiares, uma vez que exercem influências significativas na vida do indivíduo.
A necessidade de gastar em demasia, com a desculpa que é natal, pode representar uma necessidade de preencher um vazio interior e que na maioria das vezes é a incapacidade do individuo de conhecer a si próprio e dar significado às suas emoções.
Diante da dificuldade de lidar com uma época que gera angústia e fragilidade, o ato de comprar é uma fuga pra lidar com tais aspectos. Uma válvula de escape.
O consumo é mais emocional que racional. Sendo assim é importante uma avaliação da real necessidade daquilo que se quer comprar, já que não é a aquisição de um novo objeto que anula a depressão ou a angústia, comuns nesta época do ano.
Com tantos estímulos através das propagandas e vitrines coloridas, já que é uma época onde há a troca de presentes, fica difícil conter o impulso de gastar. Soma-se a isso o tipo de personalidade, a percepção, o grupo social e a motivação de cada um. Fatores que influenciam na decisão e na dose da compra.
Mas será que é preciso comprar tanto?
A condição de vida do ser humano, atualmente imposta pelo ritmo urbano, leva o homem a uma busca distorcida do prazer e que não raro se transforma em compulsão, num consumo desenfreado. Tal consumo é incentivado por todas as formas de marketing, baseadas nas carências produzidas pela vida urbana.
Mas a mídia não é a vilã. Ela apenas detecta uma necessidade, uma predisposição da sociedade, afinal nem todos os indivíduos cedem a estes apelos e compram por impulso.
O comprador impulsivo é aquele que adquire o produto pela embalagem, oportunidade ou preço. É uma atração instantânea que não o leva a refletir naquele momento se precisa ou não do produto.
Não há mal algum em comprar, porém quando alguém compra continuamente, sem necessidade, torna-se patológico. Um compulsivo.
A compulsão por compras é um Transtorno psiquiátrico. Caracteriza-se por atos repetitivos e um desejo incontrolável de comprar, causando prejuízo pessoal e familiar uma vez que o indivíduo gasta mais do que pode.
O comprador compulsivo tem uma dependência psicológica. Sai pra gastar, em qualquer época do ano, não pela necessidade daquele objeto e sim pelo fato apenas de comprar. Adquire itens desnecessários com o objetivo de aliviar uma tensão mental, um desejo frustrado. No entanto este alívio é temporário uma vez que depois vem o sentimento de culpa e o remorso pela falta de controle, desencadeando mais tensão, tornando-se um ciclo vicioso.
Vivemos em uma sociedade capitalista que enaltece o ter em detrimento do ser, avaliando as pessoas por aquilo que elas possuem e não por aquilo que elas são. Há uma inversão de valores e que torna o comprar uma necessidade pessoal cuja finalidade pode ser a manutenção do status, adquirir poder ou suprir alguma carência afetiva.
Por isso é preciso refletir sobre os valores pessoais, as relações sociais e familiares, uma vez que exercem influências significativas na vida do indivíduo.
A necessidade de gastar em demasia, com a desculpa que é natal, pode representar uma necessidade de preencher um vazio interior e que na maioria das vezes é a incapacidade do individuo de conhecer a si próprio e dar significado às suas emoções.
Diante da dificuldade de lidar com uma época que gera angústia e fragilidade, o ato de comprar é uma fuga pra lidar com tais aspectos. Uma válvula de escape.
O consumo é mais emocional que racional. Sendo assim é importante uma avaliação da real necessidade daquilo que se quer comprar, já que não é a aquisição de um novo objeto que anula a depressão ou a angústia, comuns nesta época do ano.
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